domingo, 23 de março de 2014

Para ser feliz, pense na morte!

Segue o link para o texto de um blog que estou adorando os textos e a história do casou que largou tudo pra criar um projeto sobre felicidade...

http://www.gluckproject.com.br/para-ser-feliz-pense-na-morte/

e segue outro texto do mesmo blog como inspiração pra quem também acha que "status social" não é tudo na vida! :)

http://www.gluckproject.com.br/para-ser-feliz-pense-na-morte/

sábado, 25 de janeiro de 2014

Transcrevo os textos do blog "O Pico da Montanha é Onde estão os meus pés" cujo link é:


Quando como como
Existe um diálogo bem famoso, perguntaram a um mestre – Mestre como é a iluminação? - e ele respondeu - Quando sinto fome, como, quando sinto sono, durmo – e o discípulo disse - Mas isso é o que todo mundo faz - e ele disse – Não, não é. As pessoas sentam para comer pensando em outra coisa, em suas perdas passadas, se terão comida amanhã, ganhos futuros, dificuldades, ou até na unha encravada que dói e não aproveitam, não comem realmente. As pessoas que vão dormir deitam e pensam em qualquer coisa e não dormem bem, demoram em dormir porque estão ansiosas, preocupadas, realmente não dormem. Eu quando sinto fome, como. Quando sinto sono, durmo. Podemos estender isso para qualquer atividade da vida. Para tomar banho, fazer amor, pegar uma criança no colo, abraçar um amigo. Se você estiver completamente dentro daquilo que você está fazendo, você está vivendo de verdade, está vivo, os outros não estão vivos realmente, não estão acordados, estão dormindo um sonho qualquer de depressão, de ansiedade, angustia ou de tristeza e até o desejo de que a vida fosse diferente do que é nesse momento. 

Mas essa é a vida que você tem e esse momento é tudo o que você realmente tem. Nós nos perdemos nos sonhos do ego, em todas as coisas que estão anexadas ao nosso eu, nossos impulsos e desejos, nosso carma que nos trouxe para cá. Nossos desejos de reconhecimento, nossos desejos de cargos, desejos de glória e fama. “Kodo Sawaki Roshi” disse que “o pior vício do ser humano é o desejo de fama”, então, há poder e coisas que nem são materiais, mas pelas quais os homens estão dispostos a fazer tudo. 

Para conservar o poder, ditadores podem jogar fora o dinheiro que acumularam ou roubaram de seus povos, matar pessoas, mandar bombardear, fazer qualquer coisa, como podemos ver nesse mundo de hoje. Esse desejo de poder e fama é um desejo terrível. Às vezes nos perdemos com desejos de “coisas” somente, e ficamos infelizes atrás de uma casa nova, um carro, ou qualquer outra coisa. Esse “estar perdido” é frequente quando olhamos as crianças pequenas que ainda não aprenderam a esperar, se você disser – Não, agora não, chocolate agora não, depois do almoço, daqui a vinte minutos, depois que você comer eu lhe dou essa barra de chocolate – então elas começam a chorar desesperadas, muito infelizes, pois elas querem o chocolate agora, não conseguem esperar um instante. Isso é uma falta de clareza da percepção de como o tempo transcorre. (a transcrição da palestra continua)

Mas nós adultos também nos perdemos, não vemos a vida com clareza porque não percebemos que a morte ilumina a vida. Se nós colocássemos as coisas numa perspectiva de que “vou morrer em uma semana”, o que é relevante agora? O que eu realmente faria o que seria importante? Aí as coisas ganhariam uma perspectiva diferente. Percebemos que pessoas que passam por experiências mais radicais de vida, como o anuncio de uma doença grave, podem passar a ver a vida com mais clareza depois, porque ela se esvazia das coisas minúsculas, das coisas que não tinham importância. 

Quando as pessoas estão no leito de morte, perdoam todo mundo. É frequente estar lá e não ter mais importância à briga que eu tive com meu irmão por causa de um terreno ou de uma herança, aquilo não tem mais importância, porque o que eu quero, morrendo, é me reconciliar com meu irmão. É comum ouvir um médico dizer que ele vê no leito de morte as pessoas se importarem com isso, com as reconciliações e não mais com as coisas, porque eles não levarão as coisas. É claro que haverão aqueles que estão morrendo e pensarão que vão levar e ficam desesperados em como fazer para levar as suas coisas. 

Li um conto uma vez de um homem que era muito rico e pediu para ser jogado no mar, então ele mesmo preparou seu caixão. Ninguém sabia o que ele havia feito da sua fortuna. E no conto eles decifram o que ele fez. Pegou todo seu dinheiro e comprou platina, que é mais caro que ouro, e fez seu caixão de platina. Sem que ninguém soubesse do que era feito o caixão, ele foi jogado ao mar com todo seu dinheiro. Isso pode acontecer. Mas isso conduz a um renascimento com o mesmo tipo de angústia, mas sem a platina. Vai ter que acumular e procurar de novo e pode repetir isso mil vidas sem nunca se libertar. Então, o que é o acordar? O que é a iluminação? A iluminação é o despertar de um sonho. Nós estamos mergulhados em um sonho, o sonho de nossa identidade. Eu acho que sou “eu”, estou me importando com as coisas de “eu” aqui e agora. Não estou enxergando a unidade de todas as coisas, a interconexão, o fato de que todas as coisas e eu somos um. Como não enxergo isso, então estou sonhando e esse sonho do “eu” que tanto amamos, da nossa identidade pessoal, é nossa perdição. Por isso que quando Buda se ilumina ele diz para o vulto dele mesmo “tu não me enganas mais”! Porque quem nos engana somos nós mesmos.


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Desejos para 2014!

Betinha, Betinha... esse é o primeiro final de ano que passamos sem sua presença física! Sem você e sem nosso amado vozinho! Cada um de nós tem lidado com a falta e suas dores da forma que pode, de acordo com o amadurecimento que tem... mas, de uma forma geral temos conseguido nos manter em pé e seguindo e frente! Você e o vozinho foram muito lembrados no natal, quando (em épocas diferentes) vestiam roupa de papail Noel e saíam para distribuir balinhas para as crianças nas ruas.... e hoje, véspera de ano novo, novamente você foi lembrada por sempre nos alertar que deveríamos escrever nossas listas de metas e desejos para o ano que se inicia! Por isso, deixo aqui minha lista de desejos para 2014:


Desejo que 2014 seja o ano da consciência! Que aos poucos nos tornemos seres mais conscientes e que os hábitos e as atitudes automáticas deixem de existir... que possamos estar integralmente presentes em tudo o que fizermos! Que tomemos consciência de que vivemos coletivamente e que nossos atos e escolhas influenciam a vida de outras pessoas, que consigamos aos poucos trocar o "EU" por "Nós"...



Desejo que 2014 seja o ano do cuidado! Que cuidemos, em primeiro lugar daquilo que nos é mais importante: nossa saúde física e mental! Que deixemos a preguiça e as facilidades de lado em nome de hábitos mais saudáveis para o corpo e para a mente! Que cuidemos também dos nossos laços de afeto! Que cultivemos apenas as relações saudáveis e que haja mais demonstrações de afeto e do quanto a presença física e emocional dessas pessoas enriquecem nossas vidas! Que sejamos francos e verdadeiros sem deixarmos de ser gentis e educados... que a hipocrisia não faça parte do nosso dicionário!



Desejo que 2014 seja o ano do respeito! Respeito a si mesmo, as suas crenças e verdades e igualmente respeito aos outros com suas escolhas, crenças e verdades! Que aprendamos a conviver com com escolhas diferentes das nossas e que isso nunca perturbe os laços que nos une!



Desejo que 2014 seja um ano de doação! Se olharmos para os lados descobriremos que há pessoas que precisam apenas de alguns minutos da nossa atenção e que aprendamos a detectar essas necessidades, que nos tornemos mais sensíveis as necessidades do outro, que na sua grande maioria das vezes são muito mais emocionais do que materiais! Que aprendamos a ouvir calados... simplesmente ouvir!



Enfim... desejo que 2014 seja um ano de transformações e mudanças necessárias para uma vida melhor e que todos nós aceitemos esse desafio e enfrentemos nossas fraquezas, por mais difícil que nos seja, que nos mantenhamos firmes no propósito de cuidarmos mais e melhor de nós mesmos e de todos que estão a nossa volta! 



Om Shanti!!!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Antes que a morte nos separe...



  • Transcrevo abaixo texto escrito pelo colunista Ivan Martins para a revista Época, do dia 04/12/13.
    Dias atrás, despedi-me de um conhecido que partiu antes da hora. Entrei sereno na igreja, reconheci velhos colegas e me sentei entre eles para esperar a missa. A cerimônia transcorreu sem sobressaltos até o final, quando o padre deu a palavra à companheira do morto. Emocionada, mas firme, ela leu umas poucas palavras ao microfone. Essencialmente, disse que ele talvez não soubesse o quanto o admiraram, quanto o queriam aqueles que ele deixara para trás. Foi o que bastou para me inquietar.
    Por causa das companhias de seguro, que vivem nos lembrando da fragilidade da existência, somos levados a pensar, de vez em quando, sobre o estado material da nossa vida. Se eu morresse amanhã, o que deixaria para trás? Está tudo certo, estão todos amparados, os papéis estão em dia? Gente muito jovem não se preocupa com isso, mas basta ter filhos para que essas ideias, insidiosamente, nos visitem. É natural e até saudável. Só quem se acha eterno está isento de preocupações. Os outros temem.
    Mas não foi isso que me inquietou na igreja.
    O que as palavras da viúva evocavam era algo diferente, imaterial. Ela falava do legado emocional e afetivo do morto. Ela aludia, em seu breve discurso de despedida, ao que ele deixara sentimentalmente para trás – de forma incompleta - com os amigos, com a família, com a mulher. Suas palavras faziam pensar nas relações rompidas pela morte e no estado das relações com os que ficam. Se morrêssemos amanhã, o que restaria sem ter sido dito? Muito, eu imagino.
    Nossas vidas estão repletas de relações pendentes.
    Há o amigo, a ex-namorada, a prima com quem você não fala há muito tempo, embora isso o inquiete. Questões grandes ou pequenas esperaram ser resolvidas com o irmão, com o tio, com a amiga com quem você, talvez, não tenha agido direito. Dentro do círculo mais íntimo, mesmo ali, persiste a sensação de que nem tudo foi dito entre pai e filho, entre marido e mulher, entre namorados de longa data. Na avalanche estúpida das horas que se esvaem, tendemos a adiar conversas e encontros. Eles não são urgentes, nos parece. Temos todo o tempo do mundo, nos iludimos. É natural que seja assim.
    Tudo o que está vivo é incompleto. Não é diferente com as relações humanas. Apenas o que acabou emocionalmente está concluído e encerrado. O resto segue nos assombrando com vírgulas, reticências e interrogações. Aquilo que está vivo é uma possibilidade. Somente a morte coloca o ponto final em algumas relações. Naquelas que mais importam, eu diria. Naquelas que nos inquietam e das quais nos cabe cuidar. Ao contrário das coisas materiais, é impossível resolver relações vivas. Elas podem ser cultivadas, saboreadas, vividas, mas não resolvidas. Elas prosseguem. Nunca haverá a conversa definitiva com aqueles que a gente ama. Talvez haja a última, mas isso não se sabe. Sabemos da conversa mais recente, da próxima. Dessas deveríamos cuidar. Sempre haverá outro programa de televisão, outro filme, outro amigo chamando ao telefone – mas o momento deste encontro não se repete. As palavras que trocamos aqui (ou não trocamos) fazem diferença. O que podemos fazer – e que talvez devamos fazer – é manter nossas relações em dia. Se alguma coisa trágica ocorrer, teremos rido juntos ontem, ou falado na semana passada sobre o filme. Talvez tenhamos discutido ao telefone – é inevitável – mas dormimos abraçados, conversando baixinho. Lembrei de comprar o presente no dia certo, liguei aquela noite como prometido, tomamos um porre medonho na sexta-feira, conversamos longamente no carro durante a viagem. Andávamos na rua quando a chuva começou. Estivemos felizes, estivemos bravos, estivemos juntos. Foi bom.
    Será que me faço entender? As coisas materiais têm o poder de nos obrigar a agir. Os nossos sentimentos, estranhamente, não. Saímos todas as manhãs para o trabalho, ligamos para o advogado, trocamos emails com gente chata sobre o projeto que nos interessa. Mas não gastamos uma fração dessa energia para cuidar de coisas que nos são intimamente caras: o amigo de quem temos saudades, a ex-namorada que está na pior, a tia de que gostamos tanto. O cotidiano dos sentimentos e a rotina das relações são negligenciados. Ou tratados com menos importância do que deveriam. Ao contrário do que parece, isso não constitui uma traição aos outros, mas a nós mesmos.
    Por isso fiquei inquieto com as palavras da missa.
    Tive a impressão de que minhas pendências são grandes. As contas e os impostos estão pagos, mas a vida emocional está atrasada. Se eu sumisse hoje, se eu morresse, muitas palavras ficariam por serem ditas, muitos abraços ficariam no ar. Pessoas queridas ficariam sem respostas. Tive a impressão, na missa, de que há muito a fazer antes que a morte nos separe – e que o tempo, afinal, não é tão longo. Ivan Martins

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os cinco maiores arrependimentos de pacientes em leitos de morte

Lembrando que a ideia que a minha tia Betinha tinha ao desejar  escrever para este blog era de nos fazer acordar para o momento presente, de parar de viver no piloto automático e fazer escolhas conscientes que resultem em paz interior e felicidade!

Sendo assim, vale saber quais são os cinco maiores arrependimentos de pacientes em seus leitos de morte registrados por uma enfermeira que escreveu um livro sobre isso, para que ainda hoje possamos fazer algo pra que não contribuamos para entrar nesta estatística, porque está em nossas mãos mudar nosso destino!!
Namaste!!

Já vi este relato anteriormente em alguns sites, mas hoje foi a primeira vez que vi depois de ter começado a alimentar este blog, então segue abaixo a história traduzida exatamente como está escrita no site "Dancing Wtih De",  da "De":

Por muitos anos eu trabalhei em cuidados paliativos. Meus pacientes eram aqueles que tinham ido para casa para morrer. Algumas experiências incrivelmente especiais foram compartilhadas. Eu estava com eles nos últimas três a doze semanas de suas vidas. As pessoas crescem muito quando eles são confrontados com a sua própria mortalidade.
Eu aprendi a nunca subestimar a capacidade de alguém para o seu crescimento. Algumas mudanças foram fenomenais. Cada um experimentou uma variedade de emoções, como esperado, negação, medo, raiva, remorso, mais negação e, finalmente, aceitação. Cada paciente encontrou sua paz antes deles partirem, cada um deles.
Quando questionados sobre algum arrependimento que tiveram ou qualquer coisa que faria diferente, temas comuns vieram à tona. Aqui estão os cinco mais comuns:
1 . Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim.
Este foi o arrependimento mais comum de todos. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinham honrado nem metade dos seus sonhos e morreram sabendo que foi devido às escolhas que fizeram, ou não fizeram .
É muito importante tentar e honrar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade que muitos poucos percebem, até que já não a tem.
2 . Eu gostaria de não ter trabalhado tão duro.
Isto veio de cada paciente do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam a juventude de seus filhos e o companheirismo dos parceiros. As mulheres também falaram sobre esse arrependimento. Mas, como a maioria eram de uma geração mais velha, muitos dos pacientes do sexo feminino não tinha sido as pessoas que sustentavam a casa. Todos os homens que companhei lamentaram profundamente gastar tanto de suas vidas na esteira de uma existência de trabalho.
Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível não precisar da renda que você acha que precisa. E criando mais tempo livre em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, aquelas mais adequados ao seu novo estilo de vida.
3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos .
Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos a fim de manter a paz com os outros. Como resultado, eles se estabeleceram por uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que carregavam, como resultado disso.
Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, embora as pessoas possam, inicialmente, reagir quando você mudar a maneira que você está falando com honestidade, no final isso erguerá a relação à um nível totalmente novo e saudável. Ou isso ou ele libera o relacionamento doentio de sua vida. De qualquer maneira , você ganha.
4 . Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos.
Muitas vezes eles não percebem verdadeiramente os benefícios de velhos amigos até estarem em seu leito de morte, e nem sempre foi possível re-encontrá-los nestes últimos momentos. Muitos haviam se tornado tão envolvidos em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro escaparem nos últimos anos. Haviam muitos arrependimentos profundos sobre não dar às amizades, o tempo e esforço que mereciam. Todo mundo sente falta de seus amigos quando estão morrendo.
É comum à qualquer um com um estilo de vida agitado, deixar amizades escorregarem, mas quando você se depara com a sua morte se aproximando, os detalhes físicos da vida caem. As pessoas querem colocar suas finanças em ordem, se possível. Mas não é dinheiro ou status que tem a verdadeira importância para eles. Eles querem arrumar as coisas para o benefício daqueles à quem amam. Normalmente, porém , eles estão muito doentes e cansados de gerir esta tarefa. E tudo se resume ao amor e relacionamentos no final. Isso é tudo o que resta nas semanas finais, amor e relacionamentos.
5. Eu gostaria que eu tivesse me deixado ser feliz.
Este é surpreendentemente comum. Muitos não percebem, até o fim de que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto” da familiaridade transbordou em suas emoções, bem como as suas vidas físicas. O medo da mudança os fazia fingir para os outros e para si mesmos, que estavam satisfeitos. Quando lá no fundo, eles ansiavam em rir e serem bobos em sua vida novamente. Quando você está no seu leito de morte, o que os outros pensam de você é muito diferente do que está em sua mente. Como é maravilhoso ser capaz de relaxar e sorrir novamente, muito antes de você estar morrendo .
A vida é uma escolha. É a sua vida. Escolha conscientemente, escolha sabiamente, escolha honestamente. Escolha a felicidade.
A De viu essa história no http://worldobserveronline.com/

Bronnie Ware
Bronnie Ware, enfermeira que durante anos cuidou de pacientes no leito de morte, escreveu o livro “The Top Five Regrets of the Dying – A Life Transformed by the Dearly Departing”, que, como o título diz, trata dos cinco arrependimentos mais comuns manifestados pelas pessoas antes de morrerem. 

Fonte: http://dancingwithde.com/2013/11/18/enfermeira-revela-os-5-maiores-arrependimentos-das-pessoas-em-seus-leitos-de-morte/

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O que você tem feito por você?

Continuando com as reflexões que devemos nos fazer pra mensurar como temos cuidado de nós mesmos, segue um texto escrito por Fernanda Paraguassu, do site gnt.globo.com:


A pior mãe do mundo na terapia


“A mãe chegou arrasada na sessão de terapia.
- Estou me sentindo uma péssima mãe.
- Por quê? – perguntou a terapeuta.
- Explodi ontem à noite com as crianças.
- E daí?
- Como “e daí”? Uma boa mãe não explode assim com os filhos.
- Então você se considerava uma boa mãe até explodir?
- Acho que sim. Não sei. Pelo menos eu tento ser uma boa mãe.
- E o que você faz para “tentar ser uma boa mãe”.
- Eu vivo em função dos meus filhos. Às vezes sou pai, professora, contadora de história, cozinheira, motorista… Ontem tive que rodar a cidade atrás de uma cartolina verde musgo. Pode isso?
- E aí?
- E aí que a escola não faz a menor ideia de como isso é difícil. Eu fiquei três horas no trânsito, procurando papelarias, atrás de uma maldita cartolina verde musgo! Encarar um trânsito de hora de rush fora da hora do rush desestabiliza qualquer um.
- E a explosão?
- No fim do dia, cheguei do trabalho exausta, fiz o jantar, mandei tomar banho, ajudei no dever de matemática dele, desembaracei o cabelo dela, e ainda cortei as unhas. Quarenta unhas! É quase um trabalho em escala industrial! Eu nem lembro quando foi a última vez que fui no salão fazer as unhas.
(a terapeuta balança a cabeça num gesto indecifrável!)
- Chegou uma hora que ficou insustentável. Desapartei uma briga entre os dois, mandei desligar a televisão umas cinco vezes! E quando pensei que estavam na cama e me sentei para ver o Félix, eles apareceram de novo no corredor! Brigando!! Aí eu explodi!!! Foi feio! Gritei muito! Depois me arrependi.
- Por que se arrependeu?
- Porque, no fundo, eu sei que eles estavam cansados. E eu também. Depois que eles dormiram, fiquei ali, olhando os dois, pareciam anjinhos. Bateu um remorso, sabe? Fiquei me sentindo a pior mãe do mundo por ter gritado tanto com eles!
- Continua se sentindo a pior mãe do mundo?
- Sim. Só que eu me pergunto se uma boa mãe também não merece cinco minutos de paz para ver a novela. Acho que qualquer pessoa normal explodiria numa situação dessa.
- Será que você não está valorizando a coisa errada? Não está dando muito valor para um episódio pontual, como a sua explosão no fim do dia? E o resto das coisas que fez para seus filhos desde a hora em que acordou? Será que não está esquecendo disso tudo? E o que você tem feito por VOCÊ?
(silêncio)
- Hein? – insistiu a terapeuta.
- Há três semanas não vou na academia. Já estou ficando com as costas travadas.
Talvez esteja na hora de mudar algumas coisas na sua vida. E você já sabe como!
- Eu sei?
- Sabe. Você mesma disse aqui.
- Eu disse?
Você disse que “uma boa mãe também precisa de um pouco de tempo para si” e que “pessoas normais explodem”. Pense nisso. Vamos ficando por aqui, nos vemos na próxima semana.
A mãe olhou o relógio e estranhou que ainda faltavam quinze minutos para terminar a sessão. Levantou-se ainda meio desestabilizada com a conversa, mas seguiu em frente. Foi caminhando até o fim da rua.Decidiu parar na padaria da esquina e pediu um café. Olhou o relógio novamente e viu que ainda tinha mais dez minutos. Eram dez minutos só para ela! Pediu então um pão com queijo minas na chapa e lembrou que ainda não tinha almoçado.